O setor do vestuário de luxo tem recorrido à utilização de ferramentas tecnológicas para fidelizar clientes. Por sua vez, esses consumidores estão dispostos a adotar as novas tecnologias na sua interação com as marcas. É o que revela um estudo publicado pela Bain & Company, consultora em luxo e tecnologia, em colaboração com o Comité Colbert.
De acordo com o “Towards the boutique of the future”, 27% das marcas inquiridas já utilizavam a inteligência artificial em 2022 para captar clientes e 19% para a otimização de processos.
Estes números deverão aumentar com a ascensão da inteligência artificial generativa. 75% dos consumidores destes produtos estão dispostos a adotar as novas tecnologias na sua interação com as marcas. O mesmo estudo revela que 43% dos clientes do setor de luxo visita as lojas para descobrir marcas e produtos e 34% fazem-no em busca de uma experiência VIP.
A experiência do consumidor
A Bain & Company ressalva que a tecnologia “permite enriquecer a relação com os consumidores no setor do luxo, melhorando a sua experiência de compra e imersão no universo da marca”. As marcas deste segmento já estão a utilizar ferramentas como a realidade virtual, os NFTs e a inteligência artificial para melhorar a experiência do cliente.
A experiência é um elemento muito valorizado pelos clientes deste setor. A tecnologia pode ajudar as equipas de vendas a oferecer recomendações melhores e mais personalizadas, bem como a gerar maiores eficiências através da otimização de processos, aumentando a perceção de uma experiência VIP para esses clientes
Cira Cuberes, partner da Bain & Company
Para a consultora internacional, a presença da tecnologia nas lojas de luxo responde a três grandes objetivos: enriquecer a relação entre clientes e vendedores, aumentar o nível de imersão no universo da marca e otimizar a experiência do utilizador.
O Comité Colbert foi desenvolvido por Jean-Jacques Guerlain, em 1954, a organização reúne 99 maisons de luxo, 17 instituições culturais. A Bain & Company, fundada em 1973, é uma consultora global, presente em 65 cidades de 40 países.