Zalda: a marca de streetwear que combina várias artes com a inspiração punk

Há marcas que provam o poder disruptivo da moda, que provocam e quebram barreiras, estereótipos e preconceitos. Neste artigo, apresento Zalda, uma marca portuguesa, que nasceu para ser tudo isto e muito mais.

Há marcas que provam o poder disruptivo da moda, que provocam e quebram barreiras, estereótipos e preconceitos. Neste artigo, apresento Zalda, uma marca portuguesa, que nasceu para ser tudo isto e muito mais.

Para vos contar a história da Zalda, é necessário começar por falar de Esmeralda Dias, fundadora e designer desta marca de vestuário sediada em Santa Maria da Feira. A jovem designer, é licenciada em Design de Moda pela ESAD Matosinhos e desde aí que o seu percurso foi pautado por diversas fases, tendo sido uma das cinco finalistas do Concurso Ecodesign promovido pelo Portugal Fashion. Anos mais tarde, depois de ter estagiado numa marca de vestuário, decidiu projetar a sua marca própria e foi com ela que chegou à final do Concurso Bloom, novamente com a chancela Portugal Fashion, e o mesmo aconteceu na exposição Workstation New Media da ModaLisboa.

O seu percurso e experiência ficam também marcados pela participação, de forma relevante, em galerias e mercados de arte, através da exposição das suas ilustrações.

Zalda

A Zalda é o resultado deste percurso e da envolvência desmedida de Esmeralda pelas artes, desde a ilustração à música, “é uma marca de moda autoral de streetwear, tecnológica e sustentável, criada para jovens à margem do padrão das grandes marcas de designer”, é assim que Esmeralda Dias descreve a sua marca, em declarações à FashionHub Portugal.

Para o seu público “underground”, a marca é reconhecida pelos prints originais, um grande número de bolsos escondidos e por ser produzida através de ideais, frases reflexivas e valores que remetem para o estilo punk.

Este poder disruptivo da moda, de abraçar um estilo próprio, que pode na mesma ser eloquente e ter uma mensagem para ser transmitida ao mundo, principalmente a nível da sustentabilidade ambiental, com as peças a serem confecionadas a partir de desperdício têxtil, fomenta uma das características principais da Zalda, a que podemos chamar de uma marca irreverente com responsabilidade.

Novo lançamento – É sobre a Cultura

“É sobre a Cultura”, podia muito bem ser o mote para iniciar este artigo sobre a Zalda, mas na verdade este é o nome do mais recente lançamento da marca. Esta pequena coleção, “é mais simples do que o habitual”, aos olhos da sua fundadora e apresenta t-shirts e sweatshirts em resposta à necessidade daqueles que adoram a marca e as suas expressões marcantes.

Para quem cria, a frase “É Sobre a Cultura.” trata-se do lembrete de que o foco de um verdadeiro artista não reside no lucro ou seguidores, mas sim no compromisso de criar em prol de algo maior que o próprio e na maneira como as criações ressoam com quem está do outro lado. Para quem consome, a frase “É Sobre a Cultura.” trata-se do lembrete para que não nos larguem a mão.

Esmeralda Dias,, fundadora Zalda

Atualmente, Esmeralda Dias tem o seu próprio estúdio, disponível para provas presenciais das peças de roupa da Zalda e onde organiza eventos em colaboração com outros criativos. A designer tem apostado na produção de novos artigos com desperdícios, como acessórios, e a envolver-se em projetos na área da moda em cruzamento com outras, como a música.

A marca possui um canal de Youtube, onde divulga o trabalho de artistas emergentes, numa série de sessões musicais, intitulada de “Sons do Desassossego”. Estes aristas surgem no Estúdio Zalda, numa espécie de mini concerto, enquanto vestem peças da marca. Sobre a marca, podes saber mais em zalda.company.site.