No estudo que analisou 38 países, os números apontam que o consumo de moda aumentou em Portugal, e em mais 19 países. Este aumento excedeu acima de 10% os dados de 2019 (pré-pandemia) em termos de paridade de poder de compra, enquanto outros 15 estão em linha com os dados de há três anos. A mesma análise indica que abaixo estão Espanha, Itália e Malta.
O capítulo da Covid parece estar ultrapassado há muito tempo, pelo menos na vertente económica. No entanto, a mudança drástica no consumo provocada pela pandemia e pelos confinamentos continua a fazer-se sentir na forma como os clientes se comportam. No caso da moda, encurralou o sector nos orçamentos europeus, embora a maioria já tenha recuperado os gastos pré-crise. Contudo, existem países onde os gastos com moda per capita, como a Bulgária, a Bósnia Herzegovina, a Sérvia e a Turquia registaram aumentos: em todos, de mais de 50%.
Outros mercados como a Noruega, Suécia ou Portugal tiveram aumentos de 20%, 14% e 12%, respetivamente. Os gastos dos franceses, por exemplo, mantiveram-se estáveis.
Os países que mais gastam são o Luxemburgo, a Áustria, a Noruega e a Turquia, seguidos dos Países Baixos, da Bélgica, da Itália e de Chipre. A Espanha está no fundo da tabela, ao nível da Grécia e da França e com metade dos gastos dos austríacos ou noruegueses. Em último lugar, com gastos oito vezes menores que aqueles que mais gastam, estão a Albânia e a Macedónia do Norte.
Para efetuar esta análise e comparar os dados entre países, o Eurostat utiliza o padrão de poder de compra (PPS), que definem como “uma unidade monetária artificial”. Assim, na teoria, um PPS pode comprar a mesma quantidade de bens e serviços em cada país.