ModaLisboa Singular: esta edição uniu a Arte à Cidade com as propostas para o verão 2025

Entre os dias 10 e 13 de outubro de 2024, Lisboa assumiu o papel de capital da moda portuguesa. A edição 63 da Lisboa Fashion Week passou por diversas artérias da cidade, onde foram apresentados trabalhos e coleções de designers nacionais reconhecidos e de artistas emergentes.

Fotos: Ugo Camera

Entre os dias 10 e 13 de outubro de 2024, Lisboa assumiu o papel de capital da moda portuguesa. A edição 63 da Lisboa Fashion Week passou por diversas artérias da cidade, onde foram apresentados trabalhos e coleções de designers nacionais reconhecidos e de artistas emergentes.

MODALISBOA SINGULAR foi o mote desta edição, com o objetivo de uma celebração da relação entre a capital e a Semana de Moda, produto de uma “cidade efervescente, transformada e transformadora, brilhante e intercultural”, esclarece a organização.

Os quatro dias de ModaLisboa foram uma nova forma de viver a cidade, unindo-a ao um ecossistema de moda, arte e cultura.

Não há Lisboa Fashion Week sem desfiles e sem a apresentação das tendências e coleções dos criadores nacionais que, como é habitual, tiveram como passarela principal o Pátio da Galé. Neste artigo, irei centrar-me em explorar as tendências e inspirações para a primavera-verão 2025, através das criações de cada designer.

OFF Location: As férias imperfeitas de Constança Entrudo e a chamada de atenção contra o hiperconsumismo de João Magalhães

Constança Entrudo apresentou S.O.S na SALA, através de um cenário quase cinematográfico, com uma desconstrução de peças, com a ideia de umas férias perfeitas, mas que não terminaram bem: praias de areia, águas cristalinas, uma alma desesperada.

Os padrões foram criados a partir de colagens de papel muito frágil, montadas das páginas de uma edição de 1950 da revista LIFE. Nesta coleção, esses padrões são traduzidos em “tecidos não tecidos” feitos à mão — a técnica de assinatura da marca —, denim e crepe, ganhando uma maior materialidade em 3D.

A mistura de materiais permitiu variedade no desenvolvimento das peças, sem perder sofisticação e qualidade. A merino tecida em fios delicados parece frágil, mas é habilmente combinada com tecidos leves de malha, feitos à mão, tanto para conforto quanto para elegância. Um dos destaques são as formas corporais, à medida que as clássicas malhas franzidas e os fatos de banho exploram uma fusão com elementos de lingerie, reintroduzindo rendas na coleção — o que proporciona toques de feminilidade a todas as peças.

Luís Miguel Fonseca

João Magalhães afastou-se dos formatos tradicionais dos desfiles de Moda e apresentou a sua mais recente coleção, “O Preguiçoso”, numa instalação-performance no seu atelier.

João Padinha

A decisão de Magalhães em renunciar a um desfile tradicional é uma declaração deliberada contra ao que considera ser “a natureza insustentável da Indústria de Moda”.

Estou a apresentar apenas quatro peças novas. Recuso-me a fazer grandes quantidades de roupa enquanto não vender o que já fiz. A roupa não é um ovo ou um legume. Não apodrece de uma estação para outra.

João Magalhães

A performance apela ao Estado atual do mundo e ao hiperconsumismo, pretendendo fazer refletir sobre os problemas da sociedade e convida os consumidores a fazerem parte do processo criativo.

O designer assume com esta pequena coleção uma responsabilidade ética, assente em sustentabilidade, transparência e que o ecodesign não pode prender a criatividade.

A roupa em forma de memórias de Mestre Studio

Diogo Mestre apresentou a coleção “Antes que te esqueças de mim”, como uma ode aos que já não estão presentes, mas também aos que ainda nos rodeiam.

O designer pretende transmitir que, muitas vezes, as memórias ficam apenas em forma de roupa: ao abrir o armário antigo e encontrar os cardigans de malha comidos das traças e com cheiro a alfazema. “A velha lata de bolachas cheia de botões, o dourado gasto da Singer junto à janela da marquise, as agulhas de tricô guardadas na gaveta dos naperons, tudo isso invoca memórias, invoca pessoas e a sua história.”

Nesta coleção de Mestre Studio, a FashionHub destaca as malhas e brilhos como uma essência de cada pessoa, pois não temos todos o mesmo estilo, mas é essa a herança que deixamos, a nossa identidade e criatividade, para um dia se lembrarem de nós.

ARNDES apresenta o valor sentimental e histórico dos objetos

ARNDES apresentou as propostas de “Colecionismo”, para a primavera/verão 2025. Ana Rita de Sousa, designer da marca, refere que esta coleção é o resultado de alguns dos objetos que reuniu ao longo do tempo.

As silhuetas fluidas são um dos pontos-chave da coleção, onde se destacam as cores preto e branco. As riscas são integradas em algumas peças, como os vestidos, o que confere movimento, sofisticação e elegância.

O mundo de Fantasia de Carlos Gil

Carlos Gil apresentou um mundo de Fantasia, no Pátio da Galé. O designer nacional apostou numa coleção criada entre a imaginação e a criatividade, e explorada entre a modernidade e a tradição.

A partir do artesanato do Fundão, cidade onde é sediada a marca, Carlos Gil integrou na sua equipa especialistas em bordados com missangas, de origem indiana, que desenvolveu detalhes que acrescentam um toque irreverente e único às peças desta estação.

Ugo Camera

A combinação entre bordados tradicionais com motivos inovadores em 3D, faz com que Fantasy seja um encontro entre passado e futuro. Os estampados vibrantes são umas das principais características desta coleção, com cavalos-marinhos, pinguins, dálmatas, tartarugas, estrelas-do-mar, golfinhos, e, como tributo ao Fundão – a famosa cereja.

A passarela encheu-se de cor com os bordados de missangas e vidrilhos, que proporcionam sofisticação às combinações. Os materiais, com uma renovada ênfase em texturas cintilantes, continuam a exaltar a suavidade e a delicadeza, acrescentando riqueza táctil e visual a cada peça. Mas também o amarelo surge com destaque, em contraste com o branco e preto.

A mistura de emoções de Lidija Kolovrat

Esta coleção reflete os trinta anos de Lidija Kolovrat em Portugal. Uma forma de expressão artística de diversas emoções, “por vezes subordinadas e reservadas, mas igualmente nostálgicas ou emotivas”, é assim que Kolovrat descreve a coleção com as propostas para a primavera/verão 2025.

Para visualizar esta evolução, Kolovrat deixou-se guiar por um eixo com duas dimensões: formas grandes e planas e estruturas que evocam vibrações que a tocam da mesma maneira que o Fado.

O preto revela esse lado mais nostálgico e, possivelmente, melancólico, de quem abraçou um novo País e teve de enfrentar diversos obstáculos. Já o amarelo utilizado em algumas peças, em contraste com o preto, significa as alegrias vividas.

Ao observar os looks da coleção percebemos a presença constante de transparências, drapeados, tecidos fluidos, brilhos e rendas, que revelam sofisticação, elegância e mistério.

Apesar da existência de algumas peças oversized, a feminilidade e sofisticação não ficam perdidas, pelo contrário, pois conseguem alcançar estrutura e um posicionamento de empoderamento.

Buzina: os tons terra conjugados com o brilho das joias Tous

Os anos 80 continuam a marcar gerações e a ser inspiração para as mais variadas formas de arte, incluindo a Moda. Buzina, marca de Vera Fernandes, apresentou uma coleção sexy e audaz, com as tendências mais ousadas para a próxima primavera-verão.

A década de 1980 foi sinónimo de exagero, brilhos e cores exuberantes. Na passarela do Pátio da Galé, Buzina apostou em tons terra, como o castanho, bronze, laranja e associou-os à sofisticação e neutralidade do preto e bege. Contudo, não poupou no brilho, na irreverência dos cortes, nas transparências, formas volumosas e fluidez de algumas peças, conjugando sofisticação e sensualidade.

O desfile na edição 63 da ModaLisboa contou com uma parceria muito especial. A Tous aliou-se à Buzina e conferiu um toque de elegância e feminilidade com peças de joalharia da marca.

Ugo Camera

O pragmatismo de Ricardo Andrez

O mote da coleção de Ricardo Andrez é o turbilhão do mundo em que vivemos, cada vez mais  sobrecarregado de imagens e informação, principalmente através das redes sociais. O objetivo da coleção primavera/verão 2025 foi mostrar roupas reais e relevantes, através de peças práticas e utilitárias, com botões e mangas funcionais, sem perder a importância estética.

Na FashionHub assumimos a coleção como prática e confortável ao utilizar gangas e peças oversized. Porém, irreverente através das cores utilizadas: metalizados, amarelo e pormenores em vermelho.

A dualidade das propostas de Luís Carvalho

Luís Carvalho é um dos designers que apresentou a sua coleção no Pátio da Galé, que contou com sala cheia de personalidades do panorama da moda portuguesa, mas também da cultura, das artes e do entretenimento, que não perderam a oportunidade de assistir em local privilegiado às propostas para a primavera-verão 2025.

Como tem sido habitual nas coleções de Luís Carvalho, o criador nacional, aposta em silhuetas com um corte oversized e reto, enriquecidas por detalhes de recortes e encaixes circulares que ecoam a estética das suas obras. Os materiais estruturados como tafetá e jacquard moldam grande parte das peças da coleção, na qual o padrão de polka-dots se destaca.

Na FashionHub destacamos os vestidos, que ajudam a realçar as formas femininas sem perder sofisticação e delicadeza, os blazers continuam a ser uma imagem de marca das últimas coleções de Luís Carvalho e uma das nossas peças preferidas.

O nosso destaque recai também na existência de uma dualidade nas cores, com um foco óbvio no contraste entre preto/branco, rosa/azul, além do amarelo como cor predominante da coleção.

A tradição e sustentabilidade de Behén

A coleção primavera-verão 2025 da BÉHEN surge como uma resposta à coleção outono-inverno’24: “Não Te Quero”, por isso, “És Má”.

Através dos bordados e técnicas de manipulação têxtil, núcleo e missão da marca, a BÉHEN recria elementos tradicionais, trazendo-os tanto para peças pensadas para o dia a dia como peças demi-couture, onde o tempo é, uma vez mais, um elemento central. Tudo isto sem perder de vista o upcycling, técnica que a BÉHEN domina desde a sua primeira apresentação. O impacto das matérias-primas e dos processos de confeção têm sido uma das prioridades da marca: à exceção das peças construídas a partir de têxteis antigos, os restantes materiais são feitos a partir de fibras naturais como o algodão, algodão orgânico e linho.

A FashionHub destaca os brilhos; rendas; os cortes das saias; as mangas balão, onde tudo se une para realçar as formas femininas, mas também o trabalho minucioso de artesanato em cada pormenor das peças.

Os básicos perfeitos de HIBU

O HIBU Studio procura redefinir conceitos essenciais, ao desenvolver uma coleção que tenta encontrar os básicos perfeitos e intemporais. Uma das inspirações é o estilo Modern Cholas, uma subcultura do Novo México dos anos 90. A marca mistura silhuetas clássicas com detalhes distintivos e a estética dos anos 1990, criando peças que ressoam nostalgia e modernidade, mas também versatilidade e durabilidade.

Ugo Camera

HIBU utilizou uma mistura de materiais como algodão, pele sintética, ganga, malha e , numa coleção onde se destacam os tons amarelo, preto e azul pastel.

O passado e o presente de Bárbara Atanásio

A coleção Egrégios avós, de Bárbara Atanásio, é inspirada na comparação entre o ADN familiar forjado pela vivência coletiva e a partilha d último nome, com a rebeldia do moderno que quebra com as tradições de sempre e impõe-se, grafitando um futuro seu. “Lado a lado, novos e velhos coexistem, num possível autorretrato de uma pessoa plural, vivendo ao longo dos tempos”, refere a marca.

Ugo Camera

A coleção tem claramente uma inspiração na arte urbana e conta com tecidos leves, gangas, cortes assimétricos, rendas e riscas, que conferem esta dualidade entre passado e futuro.

Luís Buchinho (re)vive a exuberância e o pop dos anos 80

Para a estação primavera/verão 2025, o designer Luís Buchinho espelha a glória dos anos 80, relembrada nas suas tribos neorromânticas. A bandana, lenço utilizado como acessório ao pescoço das bandas pop da época, inspira decotes, formas e silhuetas.

Os anos 80 são também o retrato de extravagância, volumes e cor, a paleta desta coleção é neutra, mas tem diversidade, desde os tons pele, brancos e negro, com toques de verde wasabi, ouro e cobre. Os materiais são fluidos, em estruturas acetinadas ou plissadas. Estampados de inspiração direta no design gráfico da época.

A coleção mitológica de DuarteHajime

Para a coleção primavera/verão 2025, DuarteHajime apresenta uma coleção inspirada na Mitologia. Acreditar em algo maior, intangível, algo divino. Como nascem os mitos?

O majestoso Dragão Azul (Seiryu), a Este, ao feroz Tigre Branco (Byakko) a Oeste, da enigmática Tartaruga Negra (Genbu) do Norte, à mítica Ave Vermelha do Sul (Suzaku), cada um dos Quatro Emblemas Celestiais ocupam um lugar único no folclore e no simbolismo. Estes correspondem às estações, aos elementos e, sobretudo, ao equilíbrio da humanidade.

Seguindo as cores destes guardiões, e entre algodões, linhos e três diferentes estampados exclusivos, DuarteHajime leva estes guardiões para as ruas urbanas.

Na FashionHub destacamos as peças inspiradas no ‘streetwear’ e na arte urbana, a desconstrução das peças através dos tecidos e das cores aplicadas.

A exuberância e elegância de Valentim Quaresma

O preto foi a cor predominante de uma coleção onde se destacam pormenores em verde e vermelho. Os acessórios exuberantes combinam com as saias esvoaçantes, as capas que desconstroem looks, os cortes assimétricos e as transparências, que misturam sensualidade, elegância e dão um toque moderno ao que poderia ser uma coleção clássica.

O poema de memórias de Çal Pfungst

A BALADA DE X, é o nome da coleção de Çal Pfungst, um poema sobre a vida e estados de espírito, como têm sido as suas coleções, símbolos de memórias e sentimentos.

Há uma nuance entre cores fortes, como o verde, azul e vermelho e tons mais neutro, como o castanho e preto, que ilustram a narrativa apresentada.

Dino Alves apresenta uma dualidade entre o Bem e o Mal

A coleção primavera-verão 2025 de Dino Alves remete-nos para a dualidade entre o bem e o mal.

Ugo Camera

Para descrever a coleção, a marca refere que o combate entre as duas forças reflete-se na fluidez dos tecidos leves, com detalhes delicados que evocam suavidade, transparência e honestidade. Por outro lado, existem padrões de rede forte feitos com corte a laser que simbolizam alguma rigidez e brutalidade. Os pormenores em godés, franzidos excessivos e drapeados são alguns dos elementos-chave da coleção, que foi produzida através de stocks estagnados, estampagem por descoloração e corrosão a laser. Dino Alves apostou numa variedade de materiais e texturas, como o tule, ganga em algodão orgânico e reciclado, marrocain, viscose, popeline, lantejoulas, linho, sarja e jersey.

Na FashionHub destacamos o jogo de cores utilizado na coleção, uma verdadeira dualidade entre o bom e mau, com tons pálidos e luminosos, em contaste com cores agressivas. Assim, o preto, pérola, cinza, vermelho, laranja, rosa, amarelo, verde, azuis, castanho, cru e cores água são as propostas de Dino Alves para a primavera/verão 2025.

O calçado feminino é Reve de Flo by Dino Alves.

A mulher ousada e divertida nas criações de Gonçalo Peixoto

“Sometimes I Just Wanna Kiss Girls On Vacation”, (“às vezes só quero beijar raparigas de férias”, em português), é este o nome da coleção primavera-verão 2025 de Gonçalo Peixoto.

Ugo Camera

O designer nacional assume este mote, pois trabalha essencialmente a moda feminina e precisa de captar a essência efervescente do verão e da figura da mulher. Gonçalo Peixoto pretende que a coleção tenha um ar angelical e delicado, comprovado através das cores e materiais utilizados, mas ao mesmo tempo ousado, através das transparências, fluidez e brilhos.

O objetivo é fazer com que as mulheres mantenham o estilo jovial, com elegância e sofisticação. Na passarela do Pátio da Galé, passou uma coleção “livre, divertida e na moda”.

A sustentabilidade pode (e deve) ser ousada e irreverente

GREEN CIRCLE x be@t powered by CITEVE 

A coleção apresentada pela parceria Green Circle x be@t é uma ode à responsabilidade social, ambiental e económica. É pensar o futuro com os olhos no presente, sendo que o presente é nunca pensar em dissociar design de sustentabilidade, só assim se constrói o futuro da Indústria da Moda, pelo menos na minha perspetiva.

Os consumidores, por norma, durante o processo de compra têm em consideração dois fatores: o preço e se a peça é bonita, ou seja, o design. Talvez este último parâmetro, seja o primeiro a despertar o desejo de compra porque, por norma, gostamos de uma cor, de um padrão ou de um corte, que está adequado ao nosso estilo e preferências.

Provavelmente, nem olhamos para a etiqueta na altura da compra e todas as questões com as quais consideramos que nos preocupamos, nomeadamente sobre responsabilidade social e ambiental dissipam-se, continuando apenas o desejo de compra. Caso a peça que compramos cumpra determinados requisitos sustentáveis, assumimos isso como um benefício ao nosso ato de compra. No entanto, é um papel fundamental das marcas unir design e sustentabilidade.

Sem dúvida, este é um tema com muitas questões para fazer e responder, por isso, acompanha as reflexões que apresento sobre este assunto nos conteúdos da FashionHub.

Ugo Camera

Esta foi apenas uma reflexão para apresentar o conceito desta coleção que tem como principais características: produção com técnicas que permitem a poupança de água e energia; utilização de fibras naturais e recicladas; processos de tingimento mais sustentável.

O objetivo é fazer com que a peça em fim de vida, possa voltar ao início da cadeia, ou seja, criar um processo de moda circular, em que o ecodesign é desenvolvido com base nas técnicas mencionadas.

Ugo Camera

Esta coleção é a prova de que a moda sustentável tem cor, ânimo, criatividade e, acima de tudo, o valor de fazer a moda circular.

O iTechStyle GREEN CIRCLE é uma vitrine que apresenta destacados exemplos da excelente capacidade da indústria têxtil portuguesa de produção responsável e sustentável.

A curadoria criativa desta apresentação foi de Paulo Gomes.

Na FashionHub acreditamos nestes valores de sustentabilidade e destacamos o volume das peças; a fluidez; as cores: preto, amarelo; vermelho; verde; laranja; a utilização de padrões. A prova de que a moda não tem de ser sempre básica, nem ter apenas tons neutros para ser sustentável, a moda pode (e deve) combinar sofisticação, elegância, irreverência e, acima de tudo responsabilidade.

Uma montra para o calçado português

Portuguese Soul by APICCAPS

SINGULAR foi o mote da apresentação da Portuguese Soul, responsabilidade da APICCAPS em parceria com a ModaLisboa, e que conta com o apoio do PRR, no âmbito do projeto BioShoes4all.

O projeto moldou a sua apresentação e performance artística com base na história singular de um sapato de couro, trabalhado por mãos que carregam o saber de gerações.

O objetivo é demonstrar que o calçado português “rejeita o comum” e valoriza o “exclusivo”, onde o design identidade e a qualidade não se refere apenas aos materiais utilizados e à durabilidade, mas “é a alma que confere a cada peça um caráter único”.

As marcas em exibição foram Ambitious, Carlos Santos, Leather Goods by Belcinto, Miguel Vieira, Sanjo, Penha, Valuni e Tatuaggi.

Luis Onofre

A coleção primavera/verão 2025 de Luís Onofre reflete uma infinitude de cores e silhuetas que elevam o desejo ao seu esplendor máximo. Com tonalidades e designs contrastantes os sentidos são despertados. “Os modelos de Desire são sapatos sexys criados para alcançar uma expressão ainda maior quando calçados. São visualmente muito apelativos”, descreve o designer sobre o que o inspirou. Esta estação, Luís Onofre reforça a sua admiração pela mulher e cria uma coleção que é um apelo às emoções fortes.

Balanço de 4 dias de tendências, Fast Talks e Sangue Novo

A edição 63 da Lisboa Fashion Week apresentou as principais tendências para a primavera-verão 2025, entre as quais se destacam a predominância do amarelo, dos tons terra e do preto; o regresso dos anos 80, com silhuetas exageradas e transparências; o oversized vai continuar a ser sinónimo de sofisticação, principalmente quando é aplicado em blazers e outras peças clássicas, por exemplo; o uso de texturas cintilantes.

O MUDE – Museu do Design foi palco das Fast Talks, que tiveram moderação de Rui Maria Pêgo e onde se abordaram assuntos urgentes e emergentes para a moda e para a sociedade, nomeadamente, o futuro da Indústria, a sustentabilidade e a digitalização.

Dri MartinsDuarte JorgeFrancisca NabinhoGabriel Silva Barros e Ihanny Luquessa são os cinco finalistas desta edição do Sangue Novo. Podes saber mais sobre o trabalho destes jovens designers aqui.

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