O concurso Sangue Novo promovido pela Associação ModaLisboa já tem cinco finalistas selecionados para a fase final.
A edição 63 da Lisboa Fashion Week inaugurou a passarela com o desfile das dez candidaturas selecionadas do concurso Sangue Novo. A iniciativa permitiu uma primeira experiência destes jovens criadores na organização e produção de um desfile, e assumirem a responsabilidade de se apresentar ao público.
Os projetos apresentados reúnem diversas técnicas contemporâneas com alguns elementos essenciais: processos digitais e artificiais de produção; a modelagem de novos materiais; desenvolvimento de silhuetas resistentes e adaptáveis a diversos ambientes; inovação, ao implementar tecnologia e novas técnicas; compromisso com a sustentabilidade. Ao mesmo tempo que tentam dar um propósito e conceito às suas apresentações, ao vincar o seu posicionamento perante o futuro do ambiente, e usando a moda como mecanismo disruptivo do padrão comum da sociedade.
Os membros do júri, Constança Entrudo, Miguel Flor e Joana Jorge, analisaram o talento, autenticidade e rigor técnico dos participantes.
Dri Martins, Duarte Jorge, Francisca Nabinho, Gabriel Silva Barros e Ihanny Luquessa são os cinco finalistas desta edição do Sangue Novo. Gonçalo Oliveira, Inês Arthayett, Lolo, Toque Amargo e Void foram os restantes participantes do concurso.
Os cinco designers finalistas vão desenvolver novas coleções para apresentar na fase final do concurso, em março de 2025, ter sessões de mentoria com o júri e especialistas da área de Moda e beneficiar dos serviços de assessoria de imprensa e showroom na agência de comunicação Showpress.
Em março de 2025, competirão pelos prémios ModaLisboa x IED – Istituto Europeo di Design e ModaLisboa x RDD Textiles.
Deixamos algumas fotografias dos looks criados por Dri Martins, Duarte Jorge, Francisca Nabinho, Gabriel Silva Barros e Ihanny Luquessa, apresentados na edição 63 da Lisboa Fashion Week, com uma uma breve análise da FashionHub.
Francisca Nabinho
Francisca Nabinho optou por uma coleção onde a cor foi o ingrediente principal, destacando-se o amarelo, rosa e azul. Estas peças com ligeiros volumes nas mangas, criam estrutura às peças e os pormenores que remetem para algum artesanato português são um convite para um dia de verão.
Dri Martins
Também Dri Martins usou cores como o amarelo e rosa em tonalidades pastel, que contrastam com pormenores mais escuros, o que realçou as peças e ajudou a implementar sofisticação. A jovem designer apostou em silhuetas que realçam as formas femininas de uma maneira delicada, mas ao mesmo tempo irreverente e provocadora.
Duarte Jorge
Duarte Jorge desenvolveu formas “extra” oversized e peças com fluidez, na construção dos diversos elementos, A ideia que fica é que a coleção assumiu proporções adaptáveis em vários corpos, remetendo para a igualdade de género. O preto é a cor predominante da coleção, mas pequenos detalhes em branco fazem a diferença para realçar os cortes das peças.
Ihanny Luquessa
Ihanny Luquessa, apesar do formato oversized e também fluido da maioria das peças, conseguiu incorporar sofisticação e elegância aos diferentes modelos, cujos cortes fazem a diferença na composição final e também são adaptáveis às formas femininas e masculinas. Os pormenores daquilo que parece ser ráfia, no calçado e nas próprias roupas, fazem a diferença e ilustram um look com inspirações étnicas e pela cultura artesanal.
Gabriel Silva Barros
Gabriel Silva Barros apresentou uma coleção criativa e irreverente. A desconstrução, os vários cortes e a junção das cores utilizadas realçam os padrões utilizados nas suas criações.