The Fashion Act

O impacto social e ambiental da indústria da moda é catastrófico. Esta indústria é a responsável por mais emissões de gases com efeito de estufa do que a Alemanha, a França e o Reino Unido juntos, sendo também responsável por 20% de toda a poluição global de água limpa. Além disso, marcas como a Boohoo e Shein estão a tornar-se cada vez mais fortes e a contribuir para piorar os números relacionados com a poluição.

Assim, foi desenvolvido em Nova Iorque, o Fashion Act, que se baseia nas proteções Climáticas em relação à Indústria da Moda, como parte do quadro de devida diligência obrigatória. A Lei da Moda exige que as marcas e empresas reduzam as suas emissões climáticas e, sobretudo, nas suas cadeias de abastecimento para níveis que se alinhem com o Acordo de Paris.

O Acordo de Paris visa limitar o aquecimento global bem abaixo dos 2°C acima dos níveis pré-industriais, com o objetivo de limitá-lo a 1,5°C. A lei também aborda a questão endémica da má gestão de produtos químicos nas cadeias de abastecimento de moda e exige que as empresas colaborem com os seus fornecedores para minimizar o impacto ambiental na produção de vestuário.

O The Fashion Act confronta os desafios da Indústria, ao estabelecer um conjunto de medidas em prol da responsabilidade social e ambiental.

Excesso de produtos químicos: a Indústria da Moda utiliza demasiados produtos químicos, especialmente nas fábricas têxteis, onde as nossas peças de roupa adquirem cor e os respetivos acabamentos. A maioria destes processos são efetuados através do excessivo uso de resíduos tóxicos, que poluem a água e prejudicam a saúde dos trabalhadores e consumidores.

Exploração laboral: as peças de vestuário são produzidas por pessoas que, na maioria dos casos são mal remuneradas e trabalham demasiado tempo. É uma triste realidade, mas a indústria da moda é uma das principais exploradoras do trabalho, incluindo a mão-de-obra infantil.

Ética Empresarial: a maioria das empresas de moda coloca os lucros acima da sustentabilidade e dos direitos dos trabalhadores. É necessário um estímulo e sensibilização para as empresas tomarem as medidas certas e responsáveis, e esta lei pretende fazer exatamente isso.