A reciclagem química corresponde a diferentes tecnologias que têm em comum a utilização de solventes químicos e/ou processos hidrotérmicos, o que permite a obtenção de fibras com qualidade semelhante às virgens. O processamento químico ocorre quando a reutilização têxtil é inviável. Este processo ainda não é amplamente implementado, mas existem empresas que estão constantemente a estudar este processo e a integrar a reciclagem química. [1] Em Portugal, já há empresas a iniciar esta jornada. Esta forma de fazer reciclagem é promissora, mas tem um aspeto negativo: implica um consumo energético bastante superior ao dos processos mecânicos. [2]
A reciclagem química é utilizada em fibras sintéticas, como o Polietileno Tereftalato (PET). Essas fibras sintéticas podem ser quebradas para criar fibras, fios e têxteis. Para o PET, os materiais iniciais são primeiro decompostos a nível molecular, para isso são utilizados produtos químicos que facilitam a glicólise, metanólise, hidrólise e/ou amonólise. [1] Este ato de despolimerização também remove as substâncias contaminadoras do material, como corantes e fibras indesejadas. [3] A partir daqui, o material é polimerizado e utilizado para produzir produtos têxteis. [4]
Ao contrário do método mecânico, a reciclagem química produz fibras de alta qualidade semelhantes à fibra original utilizada. Portanto, não são necessárias novas fibras para sustentar o produto do processo químico. Diferentes produtos químicos e processos são usados para outros materiais, como nylon e fibras à base de celulose, mas a estrutura geral do processo é a mesma. [4]
Verificar também o conceito reciclagem mecânica.
Referências
- Palmé, Anna (2016). “Recycling of cotton textiles: Characterization, pretreatment, and purification.” Retrieved 2023-11-14.
- McKinsey & Company (2022), Scaling textile recycling in Europe – turning waste into value
- «A New Textiles Economy: Redesigning fashion’s future». ellenmacarthurfoundation.org. Consultado em 14 de novembro de 2023
- «Fiber recycling using mechanical and chemical processes». Cattermole Consulting Inc. 10 de junho de 2019. Consultado em 14 de novembro de 2023