A lã é uma fibra de pelo, que pode ser obtida de diversos animais, adotando características diferentes. Pode ser proveniente de ovelhas, sendo designada por lã merino; cabras, que são associadas à caxemira e mohair, ou até de coelhos, dando origem à designada lã angorá. De uma forma geral, o consumidor comum, associa à indústria da moda o termo lã, tendo como base apenas a que é obtida das ovelhas. À semelhança do algodão, a produção de lã também conta com o uso de pesticidas e outras substâncias químicas, mas em volumes significativamente mais baixos. Os pesticidas são usados para proteger o rebanho de infeções causadas por parasitas, contudo, estes produtos podem potenciar risco na saúde dos criadores de gado e ainda provocar poluição de água. A limpeza da lã bruta é efetuada com a lavagem em água corrente a altas temperaturas, o que por vezes significa a perda de fibra durante este processo. Além disso, necessita de excessivo uso de água e energia, o que origina ainda mais poluição da água pela libertação de efluentes nos cursos de água locais. Nas etapas seguintes são utilizadas mais substâncias químicas, aplicadas à lã durante os processos de tingimento e acabamento como a “super lavagem”, que evita, de um modo simples, que a lã encolha. O bem-estar animal é outra preocupação na produção de lã. As lesões nos animais durante a tosquia para o comércio de mohair e lã são mais comuns do que possamos imaginar, já que os trabalhadores geralmente são pagos por volume de trabalho, e não por cada hora de serviço. Ora, o trabalho rápido tem como resultado pouco cuidado com o rebanho. A lã tem variadas propriedades naturais como resistência ao calor, à água e odor e, se forem executadas práticas responsáveis para a sua obtenção, produção e cuidado, as roupas de lã têm todas as condições para maior durabilidade.