Um dos recentes relatórios de tendências da WGSN revela que os jovens procuram roupas em segunda mãoA atividade que promove a compra e venda de peças usadas ta... ver mais... para conciliar diversos fatores: criatividade, sustentabilidade, economia e inclusão.
A WGSN é uma empresa especializada em tendências e consumo, sendo que os seus relatórios e estudos são fontes imprescindíveis para quem se debruça a estudar temáticas relacionadas com a Indústria da ModaA indústria da moda concentra diversas atividades, prática... ver mais....
O recente estudo da consultora é sobre as tendências que vão marcar o consumo de moda em 2024, que tem como uma das principais conclusões o facto de 40% da Geração Z (pessoas nascidas entre a segunda metade da década de 1990 e o ano 2010) preferir apostar na compra de peças em segunda mãoA atividade que promove a compra e venda de peças usadas ta... ver mais....
O relatório refere que as perspetivas são de que o mercado global de moda em segunda mãoA atividade que promove a compra e venda de peças usadas ta... ver mais... deverá crescer três vezes mais rápido do que o mercado global de vestuário, com a Geração Z a ser a principal responsável por estes números. Um dos principais fatores prende-se com a crise que afeta o custo de vida, o que faz com que a gen-Z continue a impulsionar o movimento de poupança na procura de alternativas mais acessíveis durante este ano.
Agora façamos uma breve pausa acerca do conteúdo deste estudo, para vos contar uma experiência que ocorreu outro dia, durante um almoço com as minhas amigas. Eu não consegui ter uma resposta muito lógica quando me referiram que não conseguem comprar roupa nas lojas onde costumam ir sempre, porque atualmente não se identificam com as peças que encontram. Confesso que fiquei a pensar no que isso poderia significar. É importante referir que atualmente mudei alguns dos meus hábitos de consumo, como diminuir a quantidade de peças de roupa comprada e apostar mais na qualidade e na consequente durabilidade das peças, ao efetuar compras, por exemplo, em marcas nacionais, que preservam diversos cuidados quanto à origem das matérias-primas, assim como na composição e produção das peças de vestuário.
Voltando ao estudo da WGSN, conhece agora outros fatores que estão na base da conclusão apresentada no relatório de tendências e que pode também ajudar as minhas amigas a terem uma resposta em relação ao que sentem quando vão às compras.
Nostalgia
A Geração Z é movida por um sentimento de nostalgia. Não se trata de idade, mas de mentalidade. Segundo a WGSN, estes consumidores sentem saudades de uma época que não viveram, uma espécie de carapaça para resistir ao período que atravessamos.
Esta geração procura roupas que não consegue encontrar nas coleções atuais: dados do Barómetro WGSN revelam que 40% da Geração Z compra roupa usada porque já não consegue encontrar o seu estilo nas lojas de retalho tradicionais.
Optam por diversão
Os consumidores foram atingidos por níveis de ansiedade recordes: um dos estudos da WGSN descobriu que a ansiedade foi a emoção de consumo mais relatada em 2023, experienciada por mais de 70% dos entrevistados. A Geração Z e os Millennials são os mais afetados, à medida que amadurecem numa era de fragmentação, volatilidade e incerteza, em vários quadrantes, seja na política, na economia ou na cultura.
Preocupados com uma multiplicidade de fatores, desde a instabilidade económica até às dificuldades ambientais, os jovens consumidores estão a reavaliar as suas prioridades e a procurar produtos e experiências que lhes proporcionem conforto e momentos de felicidade às suas vidas. Assim, a compra em segunda mãoA atividade que promove a compra e venda de peças usadas ta... ver mais..., pelo seu caráter divertido e autêntico, tornou-se um dos hábitos de consumo preferidos da Geração Z.
Crise do custo de vida
Embora comprar produtos que fazem parte dos nossos gostos e que fazem parte de um “mundo vintage” seja uma experiência gratificante, a Geração Z também enfrenta obstáculos financeiros devido à crise do custo de vida. Cerca de 28% dos inquiridos pertencentes à Gen-Z, com idades entre os 18 e os 25 anos dizem-se incapazes de economizar dinheiro e 32% gastam 50% do seu salário mensal no aluguer de uma habitação, o recommerce está a emerger como uma opção mais acessível para este grupo e também mais sustentável.
Os consumidores da Gen-Z estão a acelerar o crescimento de plataformas de revenda como a Vinted, que lhes permitem aceder a opções de moda únicas, mas que também podem proporcionar um fluxo de rendimento alternativo.
Alguns indivíduos da Geração Z adotaram uma mentalidade de “comprar para vender”, tendo crescido em algumas dessas plataformas, ao trocar mercadorias e obter um rendimento. De acordo com dados do Barómetro WGSN, a Geração Z está a vender as suas próprias roupas para organizar o guarda-roupa (50%), para fins de sustentabilidade (33%) e para conseguir dinheiro extra (56%).
O que ainda está por vir no mercado de moda em segunda mãoA atividade que promove a compra e venda de peças usadas ta... ver mais...?
A geração Z corresponde aos jovens que estão a enfrentar agora, ou estão prestes a enfrentar uma das mudanças mais profundas na vida de qualquer jovem – a entrada no mercado de trabalho. Por isso, prevê-se que os looks de escritório económicos estejam entre as próximas grandes tendências da moda deste ano, mas vai muito além de um look certeiro para estar no escritório das nove às cinco. O novo visual de escritório da Geração Z, apelidado de ‘Thrift-dult’ pela WGSN, é uma tendência que combina estilo pessoal e identidade profissional para um toque novo e divertido na forma como encaram a vida adulta, ou a “quase vida adulta”, em alguns casos desta geração atualmente. A chave para este estilo é misturar produtos novos e económicos através de DIY eclético e personalização artesanal, para que a compra possa levá-los desde reuniões com clientes até uma bebida para conviver com colegas no fim de um dia de trabalho.
As peças de vestuário com inspiração para serem usadas no escritório têm tudo a ver com inclusão de género na sua essência. Desde blazers, riscas, gravatas e ombreiras dos anos 80, que formam o conjunto de peças essenciais para a adoção deste estilo, quer por homens ou mulheres. A alfaiataria com alguns ajustes e personalização oferece uma abordagem de alta costura do vestuário urbano para uma nova geração.
As ilações para as marcas
As empresas devem perguntar-se: estaremos a criar os estilos certos? Estaremos a corresponder às preocupações financeiras dos consumidores? As marcas também podem procurar incorporar formatos de revenda nos seus modelos de negócio, explorando parcerias estratégicas com mercados de segunda mãoA atividade que promove a compra e venda de peças usadas ta... ver mais... já existentes, pequenas empresas e criadores dentro do espaço de revenda. A tendência de revenda provavelmente terá impactos duradouros, indo além da indústria da modaA indústria da moda concentra diversas atividades, prática... ver mais... e a afetar outros setores.
Fonte: WGSN
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